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O incidente de Mers-el-Kébir foi um confronto naval ocorrido em 3 de julho de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, entre as marinhas britânica e francesa. Mers-el-Kébir é um porto na Argélia, então controlado pela França de Vichy, o regime colaboracionista com os nazistas após a queda da França.
 
Após a derrota da França na Batalha da França em junho de 1940, o governo francês assinou um armistício com a Alemanha nazista. No entanto, a Grã-Bretanha estava preocupada com a possibilidade de a Marinha Francesa, uma das mais poderosas do mundo na época, cair sob o controle alemão ou ser usada contra os Aliados. Assim, o primeiro-ministro britânico Winston Churchill tomou a decisão controversa de exigir que a Marinha Francesa se rendesse, se juntasse à Marinha Real ou fosse neutralizada.
 
Quando a França se recusou a entregar sua frota naval, os britânicos lançaram um ataque surpresa contra os navios franceses ancorados em Mers-el-Kébir. A operação resultou na destruição de grande parte da frota francesa, com a perda de cerca de 1.300 vidas francesas.
 
O incidente de Mers-el-Kébir provocou indignação na França e enfureceu a opinião pública. O ataque foi visto por muitos como uma traição por parte dos britânicos, especialmente porque envolveu um ataque contra uma nação aliada recentemente derrotada. A relação entre a França e a Grã-Bretanha foi profundamente abalada e levou a um sentimento de desconfiança mútua durante o restante da guerra.
 
Embora Churchill tenha justificado sua ação como uma medida de precaução militar, o incidente de Mers-el-Kébir permaneceu como um ponto de controvérsia nas relações entre a França e a Grã-Bretanha por muitos anos após o fim da guerra.