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O Mitsubishi A6M Zero foi um dos caças mais icônicos da Segunda Guerra Mundial e desempenhou um papel central na estratégia aérea do Japão durante o conflito. Conhecido por sua manobrabilidade excepcional e longo alcance, o Zero se tornou um símbolo da força aérea japonesa nos primeiros anos da guerra, mas também evidenciou as limitações de sua doutrina à medida que o conflito avançava.

 

Desenvolvimento e design

Projetado pela Mitsubishi sob a liderança de Jiro Horikoshi, o A6M Zero entrou em serviço em 1940, substituindo o A5M como o principal caça da Marinha Imperial Japonesa. O nome "Zero" deriva do fato de ter sido introduzido no 2600º ano do calendário japonês (1940).

O design priorizava leveza e manobrabilidade, com fuselagem de alumínio e pouca blindagem, o que o tornava extremamente ágil, mas também vulnerável em combate. Ele era equipado com:

  • Motor Nakajima Sakae 12 (mais tarde, versões melhoradas)
  • Armamento: dois canhões de 20 mm nas asas e duas metralhadoras de 7,7 mm no nariz
  • Alcance excepcional de até 3.000 km com tanques adicionais, tornando-o ideal para operações no vasto teatro do Pacífico.

 

Desempenho nos primeiros anos

No início da guerra, o Zero demonstrou superioridade aérea impressionante. Durante os ataques a Pearl Harbor e as campanhas subsequentes nas Filipinas, Malásia e Pacífico Sul, ele superou quase todos os caças aliados. Sua agilidade permitia que realizasse curvas fechadas e manobras evasivas que desafiavam os pilotos inimigos.

 

Uma tática comum dos pilotos japoneses era o uso de formações de combate coordenadas, maximizando a eficácia do Zero em combates aéreos.

 

Pontos fracos e declínio

À medida que a guerra progrediu, as fraquezas do Zero se tornaram evidentes:

  • Falta de blindagem: Para alcançar sua leveza, o Zero não tinha blindagem significativa na cabine nem tanques de combustível autovedantes, tornando-o altamente vulnerável a danos.

  • Motor menos potente: Apesar de ágil, ele era mais lento que caças mais modernos como o F6F Hellcat e o P-51 Mustang, que também tinham melhor blindagem e armamento.

  • Táticas ultrapassadas: Os Aliados rapidamente desenvolveram estratégias para combater o Zero, como evitar combates a curtas distâncias e explorar sua vulnerabilidade em mergulhos de alta velocidade.

 

Essas limitações, combinadas com a produção inferior de aeronaves japonesas, levaram à diminuição de sua eficácia a partir de 1943, especialmente contra caças americanos mais avançados.

 

Legado

O Zero permanece um marco na história da aviação militar. Ele exemplifica a filosofia japonesa de priorizar a ofensiva em detrimento da defesa. Embora tenha sido um caça dominante nos primeiros anos da guerra, sua obsolescência progressiva refletiu as dificuldades enfrentadas pelo Japão em adaptar-se ao ritmo acelerado das inovações tecnológicas durante o conflito.

Mesmo assim, o A6M Zero é lembrado como uma máquina de combate formidável e uma obra-prima de engenharia em seu tempo, sendo frequentemente exposto em museus de aviação como um dos símbolos da Segunda Guerra Mundial.

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